sexta-feira, 23 de julho de 2010
Dor Passageira
Ancorada em tormentas
Desatei meus medos e
de mim mesma ,sofrí
Deformei minha áurea, clara
Sentí náuseas no jantar
Dor queimava em meu peito
Adentrando cômodos da casa
Frágil casco, forte atadura
Talvez adormeça esta noite,ou
Quem sabe perca a calma
Por sentir falta...
De quem? Daquelas benditas palmas
Consumindo o vento que sopra dentro de mim
Cantando estrofes recitando retratos
Rimas perfeitas de saudade
Reciclo cartazes refaço poemas...
Tremas,não mais!
Lamento e dores
Sorte e desejos,
Uma vez por mês ,todo mundo tem.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Na hora
Pediu-me pra chegar?
Alguem nos avisou?
Estávamos lá
Limpos, olhos luz
Sua voz era cântico
Bem Vida precisava ouvir
Reza
Não só naquela sala
Mas nos teus sonhos
Que me pedem pra acordar
Que me buscam na porta
Musicando o corredor.
Contos de outras vidas
Vida sem pudor
Surpreende almas fortes
Fragmenta meu andor
Reza vela noite a fora
Virgem! Cuida do meu Amor!
sábado, 3 de julho de 2010
Saída
Travou minhas idéias
Azul em minha mente
Já doente me imaginava
sua amada sem pudor
Ancorada
À seus pés
Metáfora e ponto
Daquela porta só eu saía
Vozes me aterrorizavam
Rendi-me ao medo
Secreto desejo anoitecia
Meu amor
Do que falamos quando dizíamos
Se nos amávamos
Por que me traíste
Na madrugada peco inocente
Leito labirinto quente transpira
Busca-me plena no espelho
À luz da Virgem sou doce
Sabor triste...
De volta
A imagem do coreto, brincadeiras de criança
Espanto e medo não me trazem mais aqui
Novas cores, amores vívidos , cicatrizes
Sorriso mais velho
No rosto o mesmo rosado
Na rosa menos espinho
A casa me reconhece,nela
Amanheço com neblina
Uma vida me visita
E a outra quer apreciar
Cantos e contos, Chapada dos Guimarães
Manga doce tem sabor de chegada
Meus olhos molhados sobem suas serras
terça-feira, 25 de maio de 2010
sábado, 22 de maio de 2010
Triste ou Alegre
Como revoada nao param
Seguem pelo ar, passaros
Fico triste ou alegre
So com saudade e Deus
Por acaso conheci voce
Discretamente
Me deu atençao
Ouviu minhas queixas
Meus medos e ambiçoes
Como nao te procurar amanha
A noite passou rapida
Para que fizessem suas
As minha clemencias
Nao me interrompeu...
Ideais engolidos, trocamos laços
Aprendi ser simples à sua apariçao
Nao devia haver medo
Nas minhas intençoes...
Com a vida, pelo mundo
Ha compulçao!
Chegamos ao flagelo
Seguramo-nos pelo temor
Quando trememos de frio
Fritamos um ovo
A familia nos fez mal
A vida nos deu ferias
E com elas acostumamos
De amor ,avidos por nao nos satisfazer
Buscamos dor
E seu preço pagariamos
Bonus, para os que nunca se satisfazem
No status, nos artificios, boates e escandalos
Nada nos fez parar
Uma luta na tv, talvez comentemos um dia
Nao brigariamos tecnicamente!
O que nunca foi jogo
Nos ganhou de goleada
Enfiados na caçapa de uma mesa
So as carreiras nos fez vibrar
Quanto frio no calor
Como terminaria isso
Sem odio ou desapego
Na noite clara, bebados
Numa bomba de oxigenio
Internados na doença
Naquele minuto de suor
Nao tomei banho
Peguei um aviao pra bem longe
Claro que voltaria um dia
Comecei a viver e...
Mudei meu CEP de vida
Eu era aquele sorriso
Poeira como vento
Enriquecia a brincadeira
E eu cada vez mais
De cara pitada renascendo
Era eu aquela, imaginada por voces
Era meu aquele sorriso
So os dentes eram brancos
No po da estrada
As nuvens tambem brancas
Formavam frases
Ainda me chamavam
Quando deitava e tudo parecia rodar
Nem sabia o que podia ver
Onde pararia depois de fazer 20 anos
Planos....muitos!
Todos no guardanapo de algum bar
Eram varridos
Porisso desapareciam
Ate da minha mente
Que tampouco se entristecia quando novos planos apurava
Musica sempre aparecia
De fundo ou de palanque
O desejo vinha a tona
Encorporava a Elis
Assim o fazia toda noite
So nao sabia como terminar
Distante dos fatos que a terminara um dia
Eu era mais corajosa!Isso nao queria
Afinal,
Fiquei. resistindo as rabujices
Aos passos dos que nunca saem do interior
Pecava nas esquinas, corajosamente!
Nitida vida de encomodos
Inadequava qualquer um
Desde de que se deixasse seduzir
Essa era a senha
Aniquilar com as relacoes
Fazer de novo como um dia
Bem lá,aos 7 anos
Quando acabava com a brincadeira pelo meio
Nao suportei
Virei montro
Quiz acabar comigo mesma
Mas como....
Atencao!!
Procure a desaprovacao
De seus pais, seus vizinhos, seus amigos...
Acabar com esse amor te mataria
Assim o fiz
As noites ja nao tinham poeira
A estrada era so de ida
Os amigos eram pardos
Todos de flecha nas maos
Atirando sem ver
Acertando em si mesmos
Podres, coitados!
Cegos na vida
A saida, logo ali
Quem via, afinal
Mais um dia e.... é Natal!
Relembra a infancia
Chora seus entes
Implora um veneno
Pra matar essa dor
O sorriso agora amarelo
A fadiga era saude
O mal teve chance,
Pro bem ele viajou e nem quis mais voltar.
Meu Pai
Que nao me beijasse
...antes de dormir
Que suas maos nao mais me levassem
Aos lugares emocionantes
Tive pavor
De saber que te machucavam
Que o respeito que me ensinara
Nao tiveram por voce
Chorei de dor!
Senti frio
Quando nao apareceu pra me cobrir
Naquela noite fria
Longa e negra
Parecia a morte
A mesma que nao vinha
E so me irritava
Quando nao podia dormir...
Havia aula bem cedo
A materia tinha de cor
Nem assim o medo passava
Tambem nao sabia te pedir pra que nao morrece
Esquecia de tudo
Quando ouvia sua voz
Seu violao musicava o amor
Mais um dia normal e...
Voce tinha que trabalhar
Viajar
Preperava o carro
Como nas nossas viagens
A despedida era alegre
Promessas de noticias
Te amava quando pedia sua volta
Nem precisava chorar
Era meu heroi!
Ninguem se atreveria,
Sua inteligencia anunciava
Que as suas historias
Tinham sempre final feliz
E voce...ah! voce,
Seria meu pra sempre.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Meu silêncio
Sereno a te encontrar
Parada aí no tempo, turva
Vestido branco pano fino decotado
Pó desatino cobre seu escaninho
Marcas de vinho, vindas com dor
Sensível ,arrepia com o sopro do vento
Atormentada ao sentir meus beijos
Mais uma noite à me esperar
domingo, 25 de abril de 2010
Sonho Real
A frase está mal feita?
Ou é sonho em ataúde
Imagem de vidro exposta no andor
Coragem pra não doer!
Cresce ansiedade em mim
Amanhece poeta,você .
Flor de Abril
Linda quando colhida no pé
Arrisquei descrevê-la
Mesmo que só em meu vaso de vidro
Água não chega nem o sol vai animar
Pois está longe da roseira
Como saber-se em outro lugar
Cada pétala entristecida vai caindo devagar
Somos nós como as flores
Que nos reconhecemos sem nos encontrar
Nem precisa falar muito
Só cantar e encarnar
Ó flor,não és mercadoria vil
Pálida padece como se a terra fosse árida
Simbiose enigmática acontece
Cresce ainda rosa morena a minha flor de abril
Perdôa-me
O desvelo não procedido
Nas frases desencantadas
Nessa história que não é só minha
Acontece que ficou marcado
O terno que não usara
No nosso casamento
Nas horas que nos foram dadas, pra sermos um
A vida virou de ponta cabeça, lamento...
A núpcia acontece cada vez que te vejo
Olhos regalo, prazer me azucrina
Nessa alma que é tão tua e me deixa feminina
Poesia que me entende e me inspira na loucura
Tão você, tão real ,tão trigueiro meu amor
Pelas lentes do cistal ,suor sem sol ...deixa aceso seu farol
Perde em mim sua voz que me acorda. Perdôa-me!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Vai menina!
Breve agreste blinda a dor
Senhora minha, menina
Santo é quem te vivencia
Sente inevitável, seu pendor
Pudor inocente vindo do centro
Dentro da mata virgem primata
Couraça de gente a me acenar
Rastro de ontem, arrimo oportuno
Fe noturna a me encorajar
Segue entao, minha brejeira
Desvelo aos seus, que a esperam
Sorridente marcando suave desleixo
Coragem de hoje deixada na
Figa, do milagre previsto
Doce olhar
Vai longe margeando o rio
Encontro discreto entre novos e velhos
Procura o desconhecido
Pede vida ...num eterno buscar
Moça tosca
Moça tosca quer sonhar
Marota barroca suculenta
Sente e se deita na rede
Branca tez amamentar
Sua seu traje roto, malícia morna de acordar
Credo canta em alaude
Reza terço esconde medo
Tarde acende candeeiro
Muda mente acalmar
Rente à pele
O sonho impossível
Alimenta o fogo sem dar um trago
Profano e aflito seu corpo quer te encontrar
Mulher de Pedra
A mulher que te supera
Vive a vida lá no alto
Desenha seu rosto com detalhe
Corta o céu com tons e talhos
Sigo a te procurar
Mulher que me consome no olhar
Entre planos e atalhos
Bravo quem te surpreende deitando à seu lado
É frio ou faz calor
Onde tua alma se esconde
De perto és perfeita, tatua seu corpo no céu
Deitada acompanha quem te descreve
Cega, olha o Deus que te acolhe
Alivia quem dele duvida
Afinal, que faz você tão linda
Continuar aí pedra fria mulher?
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Água de Abril
Água sujando as lágrimas
De mortais nobres
Pobres agora
Sobra espaço no verde
Barro cimento sangue em Abril
O vento espera vidas
Amor renascendo na teia
Caos dos bons aos maus
Derrama leite no morro
Morro porque me esquece
Vivo de quem me entorpece
Entristece favela
Fragmenta sua facção
Frio flagelo dor retidão
Amanhece o samba pedindo socorro
Escorre na vela a minha oração
terça-feira, 6 de abril de 2010
Férias na fazenda
Quando criança os atravessava
Redes em correnteza
Canoas mal cuidadas,peões estrada poeira
Meu burrinho, São Benedito...
Festas e bailes
Serrado
Deixei
A fazenda...Ah! a fazenda do meu avô
Viagens na caminhonete verde
Na mente que se achava madura
Tortura, ninguém me entende!
Como vai ser minha vida
Quando eu crescer?
Sentí medo
Guardei segredo desse medo
Lobisomem me devorava
Noites de angústia sem sentir dor
Seguro era alí
Na caminhonete verde do meu avô
Aquela poeira na estrada incomodava
Chegar era demorado
Ficar me causava medo
Rezava a reza da minha vó
Isso viría ajudar
A tela de mosqueteiro
Diminuía meus temores
Dormía, apesar do medo
Vivía ...cresendo com meu segredo
Se te (a)guardo
É assim que o pretendo
É de ouro o alvoroço
Quando o sigo frente aos traços
Um abraço não me vale
Se te beijo por desejo
São tremores coração batendo
É amor de verdade e brejeiro
Se te aguardo não o deixo sentir
O que guardo partiu e tem fim
Teu rosto meu dorso tua linha meu verso
Matreiro oposto, definhas tu ao que parece incesto
domingo, 4 de abril de 2010
Se
?Esqueço sua medalha
Espera-me pra hoje
Despeço-me destemperada
Compõe a canção pra outra
?Canto desencontro de amor
E suas rimas solitárias
?Não são das minhas, vindas
Sabes que não o procuro
Meus apelos já desceram pelo elevador
A vida me vem na medida
Acolhe-me em rendas e me despe no calor
Não te deixo
Se me trazes num olhar
E me deita em seu Percal
Tão precoce e natural
Amor de vento sem litoral
Quisá te conher de verdade
Será mesmo grande necessidade
Camafeu valioso pedras tarbalhadas
No peito doença de saudade apertada
Amanhece em meus lençóis
Cheira cravo e damasco
Fruta madura tem gosto de fé
É da fé que me embriago
Junto aos anjos que nos cuidaram
Seu olhar
Até onde posso ,vou-me por completo
Meu rosto suor na pele de seu escrito
Meus peitos doce leito
Que te espera pra dormir
Marfim importuno turva o corpo
Ventre permeia seu dorso
Ao meu galopar
É só um sonho
Apaga a escuridão de meus olhos
Que te descobre fina película
Descosturando costumes
Não me deixam mais amar
sábado, 3 de abril de 2010
Recado
Sentada frente aos sinais
Pareço enfrentar-te
Ante sons cores e dores letais
Se nem te tocas à canção
Quem então descreve tamanha emoção
Quem me faz ávida por beijos de herói
Vaqueiro do Serrado,desordeiro e beberrão
Testemunhe minha mensagem
Retornando-me tua atenção
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Pontuação
A vírgula que nos separa
Nos traços , nos mapas
O trajeto mal feito
Nas metas...há metáfora
Para cada crise,
Uma crase se manifesta
Uma clave de sol
Entoa a vida
Quando deseja você
Fértil
Nosso amor fecunda
Estranha lacuna
Deixada por nós
Sangra, clamando porto
Seguro, nesse momento
Meios aos laços, Nós....
Cinzas de Chapas e Cruzes
Serrado assim, ao meio
AvassalaDor de sentimento contido
Descansa em verde mato
Causa em mim algum receio
Fecunda a história
Da raiz ao fruto
Do sêmen à origem
Fértil e frágil
Na mata é virgem
Des Encontros
Filho de meu ventre
Rente pêlo em meu contorno
E o corpo arrepia frio
Meu coração
Voz ativa
Repete sonoras batidas
Arrítmicas
Raiz de outrora
Me zela
Me reza
Me canta e me deita
Rubra face
Quando descobre minha natureza
Escarlate em você
Sacramentando os encontros
Confessando minha alma
Que acabamos de esconder
Tempo
Tampouco minha chegada
Contar de mim é me encantar
Com tudo de você
Minha respiração se encarrega disso
Quantas vezes a perdí
Em quantas te observei
Em sonho nos amamos
No raso há uma paixão
Profundo ,não mais voltamos...
terça-feira, 16 de março de 2010
Azulejo
De onde rosado
meu corpo ensaboa
Azulejo
Quando meus olhos
Temem perder seu céu
Azulejo
Branda pálida terna
Nossas vozes se encontram
Azulejo
Aurora ancestral
Acorda meu amor!
Azulejo
Vejo azul mesmo que verde
Saia bordada, danço para ter-te
segunda-feira, 15 de março de 2010
Antes fosse
Não é dor nem tristeza
Antes fosse...
Não é medo nem pena
Ao menos fosse...
Não é raiva nem desprezo
Quem dera fosse...
É muito mais profundo
É um vazio sem fim
Antes fosse um FIM
Quem sabe?
Quem sabe outro
Verso em prosa me aguarde
Quem sabe sonho e
Te encontro mais tarde
Na sala sentado
Sentindo saudade
Quem sabe me olhe ,me sinta
?E se cale
Saúda a vida
Entre o verde e o azul, a grade
Migalhas de nós
Não comporta o que sinto
Planos de vida no
Papel de parede
Migalhas de nós
Espalham o ausente
Matrimônio mulher martírio
Manifesta presente
Agora que é tarde
Nada mais se vê
Atrever-se porquê
Se preciso não foi
Verdade de angustia
Vertigem ao caminhar
Viola sente saudade
Vulcão acorda no peito
Frida, calo-me
Florida se faz minha manhã
Fastío já passado
FInal feliz, será?
quinta-feira, 11 de março de 2010
Assim é que te encontro
Que fiz pensando em tí
Revelo-me telúrica íntima impura
Esperando seus cortejos
A me encontrar madura
Na minha escrita estrada leito
Algumas palavras .....
Vindas de uma frase sua
De uma só vontade
Obceno aceno dizendo
Até onde me quer
Traz-me notícias suas agora
Permitindo imaginar-te
Se ao dia estás disperso
Vem com rimas impuras
Coração concreto couraça de
Peito cravado na faca afiada
Calhou -me certinho a dor que te sentí
Concertos de estragos
Extravio de nós
Papéis engavetados de frases compostas
Antes que a árvore grite seu tombo
E que mais uma vez
Fique o amor para tráz
domingo, 7 de março de 2010
Breu
Às cegas
Acende a fresta
Tudo acontece
Nunca mais medo
Salvo o sagrado
Melodia de-amantes
Onde já fora segredo
Linhas de catarse
Um navegante só
Das historias que encontrei
As que me começou contar
N'algumas rastros nossos , rostos
À sós aos nós
Labirinto nosso
Remorsos do passado em náusea
Infeliz quando entrei naquele bêco
Você tomou a rua de baixo
Dalí perdemos o ponto nos olhos
De encontro
Embriagados caminhos descruzaram
Balcões porões porrada !
Reza estrada vela descarrêgo
Nunca você
Algum pressentimento
Nas minhas preces ,alívio
Indefinido centímetro
Marca o que nos separa e
Tudo que nos tem por perto
Dancei fados infelizes
Olhos tristes me observaram
A vida iria até alí , riría de mim ?
Selvagem que me coube um dia
Tivemos sós em nós dois
Sol à céu
Onde mais longe me arrisquei
Troquei bagagens temí barreiras
Tremí terror de noites quentes
Quando não vinhas ....-porque não vinhas?
Nem meu tu eras
Tampouco eu era minha
Trilhei esporas caipira de outrora
- Bobagem tanta culpa
A bússola como companheira
Fez-me chegar ardente lareira
Avistar inquieto
Era um lar uma trincheira
Cor do negro no culto branco
Alma trigueira
Alí minha alma
Hoje mais calma
Catarse
Te encontro
sábado, 6 de março de 2010
Azul
Desce meu véu
Nos olhos que não são teus
Encerram textos
Palavras cruzadas
Nos nossos lençóis
Em tí escurece
Nos graves do seu tom
Nas grades
Tão sol tão mar tão sul
Deixa a resposta precisa
E me acompanha
Com alma de quem olha
Azul o horizonte
Tarde da noite
Porque cansar a seresta
Cobre de sonhos o que
Detesta aprender
Canta metáfora
Toca em meu peito
Sensível desejo
Ponto de agulha meu leito
Não mais te querias
Nem de mim tinhas
Suave bem vindo bom dia
Derramou sangue onde estava ferido
Lamento sutil visto de longe
Leite morno afagou monotonia
Não eras meu
Mas te queria
Rezo terço peço o eixo
Punho em pena verde
Traduzir apego
Desvelo quando me deito
Escreves em mim
Que te leio de novo
Em meu canto encontro socorro
No ventre nascias
Rótulos posses credos
Caminho em passos que me alcançou um dia
Benzedeiras de parto
Fizeram de mim parte do texto
Que existe aí dentro de tí
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Lacunas
Entrelaço
Vago validando o desfecho
Desenfreado do prazer
Abrupto
Segue a flecha
Lâmina tênue
Entre a dor fina
Do amor
Lacuna noturna
Contundente
Sorte do passado
Não sabia que hoje
Ausente
Paradígma inabdicável
Paradoxo pertinente
Para o bem de quem
Pedindo bênçãos
Amem
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Eu me entendo
Destrincho as frases evasivas
Nada na medida
Não quero o que mais
Pode me parece certo
De perto o erro parece incesto
Importuna os impuros
Escafandros de prazer
Até porque
É segunda , e de novo
Não sei o que fazer
Em meu quarto
Lua cheia
Cinza prata longe, lá no alto
Sorte vê-lo por acaso
Diacho, não sei
Porque nunca te acho!
Sono não tenho
Calor que me despe,diverte
Coração bate frio
Amor pra que aquece
Salto ao teu som
Longe ainda ouço
Perigo te achar
Será triste o calabouço
Cinzeiro de gente
Acabou a folia
Quimera em retalhos
Cinzas cintas alegorias
Fantasma de poder
Fantoches a dançar
Fábrica de amor igual
Fantasio o que desejo
Pobre de mim é Carnaval
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Cinzas
Tudo que de mim sopra
Em tí permanece
Amarelo céu a me queimar
Nele ainda te quero
Se soubesse que um dia
Nas pedras da minha rua
Contava reticente sua espera
Folhas que caíam
Espalhavam seu sol maior
Em meu canto
Alegria
Praça cheia colorida
Quero entrar nesse clamor
Canta encanto poesia
Sai da sombra e vem pra mim
Resta um dia
Um meio
Respira
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Meu carnaval
Na minha fantasia
Faz no corte da avenida
Alma colorida a me desmascarar
Marcho seu enredo
Passado feito fome
Nas bancas de um jogo
Que só ganha quem tem hoje
Suor que lava o chão
Desfila meu irmão
Que eu vou te acompanhar
Reflexo da bruma ao caos
Vida assídua
Correntes colares anéis união
Escarlate pé no chão
Pele negra sangue branco
Disforme o coro, acalanto
Carne corôa credo carnaval
Salve suor sangue Senegal
Musica marcha mancha moral
Festa feitiço fastio feudal
Sensura hoje não
Artéria convencional
Sublima o amor que puro
Desfila enredo no Meu Carnaval
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Sempre que venho...
Já não é mais carnaval
Princípio é dentro de mim
Traz ramalhete na linguagem musical
Enigmático esse olhar...
Raiz de linhagem em tí
À me permitir
Nitidamente
Só não quero que me faças mal
Rusga de paixão desmedida
Cancela tudo que ha
Cancela à se fechar
Talvez não possa seguir
Salva ,porem, estou
Quem sente a dor
Talvez venha incomodar
Ir ao seu encontro
Avatar
Alarme no elevador
Não importa se...talvez
Temo a angústia do prazer
Pena capital a me torturar
Verde folha lembra esperança
Ver-te nunca mais?
Alheio sinto à minha busca
Prefácio legítimo
Em encadernação perfeita
Num romance que arde recluso
Confunde meu caminhar
Penso no que poderia ser
Azeite pura oliva
Escorrendo nas veias à me temperar
Peixe pacú pintado
Serrado
Seria errado expectar?
Roça poeira estrada
Leite da mulher amada
Inevitável consentir esse amor
Dos que pude
É o de mais valía
Saber sentir calada
Também é ser amada .
domingo, 24 de janeiro de 2010
A Carícia
Falando-lhe
Mesmo que nesse silencio
Inicío tudo
Semear mais uma vez
Vida que se ajeita
O ponto é o mesmo... de partida
Dividida na travessia
Dívida comigo
No tempo ,o canto
Dos pássaros falam de mim
Na fragância, o desejo súbito
Saber de tí
Despetalar sua pele rara
Cantar sua boca
No sabor de sua saliva
Seiva que derrama morna
Não me comece a leitura
Que destrata
Armadura perfeita corroída
Permanece âncora
De ilusão passageira
Meus eus por tí
A tarde seu acorde
Côro bem feito de um final feliz
Vejo você ,nas pautas que ainda escrevo
Em letras minúsculas
Aparece símbolo de amor
Do meu amor
Não sai de mim,
Não desaparece assim
Estrela minha
E...fim
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Quebra luz
Alma lavada, escorre com a chuva
Traz minha comunhão
Alimenta vida em prélio
Suaviza o calor
No alpendre, a visão é irreal
As palavras acordam
Istróina de biografia
Desordem no final
Podia ser sábado ainda...
Eu te quero e te pertenço
Amor em branco e preto
Sucinto
Melhor assim
O que leio e releio
Avidez de meu corpo
Talvez aí contigo, algures
Albergue da minha alma
Acendo meu abajour
Claro se faz ao redor
Sombras de nós dois
À pantalha tudo é cor
Carnaval só tem lá fora
Samba que faço tem amor
Sol suor sabor e sal
À mim ,a roda chega quadrada
Atendo às limitações
Contingente caminhar
Corrijo e não mais fujo
Justo agora sem dor nem amizade
Coração aperta e a vida sopra
Tão mais bela
Tão mais forte
Tão mais sorte!
MINHA HISTÓRIA
Distante, diante do que é seu
Residência fixa
No convés da minha avidez
Trago sorte, acumulo crenças
Passos fortes não me podem seguir
Mágoas profetizam meus dias
Sensiveis minha canções
Compostas em tí
Remorsos não mais meus.
Luz do sol ampulheta
Acerta meu destino, solitário
Aceito caminhar
Logradouros, vilas , favelas
São todos meus"Eus" à me seguir
Já não vou mais sozinha
Traumas não são mais tragédias
Mas, trajetória bucólica
Sangue, suor, paixões e
Musica. Sempre musica
Pausa para descanso
Ar rarefeito no meu peito aberto
Seiva suave no labirinto
Trago a vida, vivo o pleno
Puro alívio quando amo
E amo...até dormir
Falo então
Porque calada me fez seguir
E eu serva, tenente a me iludir
Semente da mesma árvore
Forte me ví fraquejar
Temente por obrigação
Sofrí
Hoje,destino
Desafio sua cartilha a me findar
Não sou mais sua história
Sou a mesma de um dia
Desafio que me inebria
HOJE INTEIRA
Acendí a luz do meio dia
O interesse foi meu, e
passou...
Saí do mesmo ponto
Aponta uma saudade
Não mata mais agente!
Sou inteira , união perfeita
Lacre de vinho a esquentar minhas entranhas
Estranho-me quando sem calor
Lágrimas correm
Por outros motivos
Alheias àquela tinta,esbranquiçada ou azul
E a voz entonada
Flagelo de saudade
Ainda vem me vizitar
A distância que se fez
Apelo de amores racionais
Agora não mais sinto
Lento desapego
à me torturar
E eu, forte como nunca
Sobrevivo
Feliz companhia
A me fazer passar
Nas mesmas ruas
Na embriaguês daqueles
Seguidores de um só rítmo
Polidos e poliglotas
Frases prontas a dizer
Cultivo em meu contorno
As ervas que sempre semeêi
Danadas, picantes, afrodisíacas
Daninha, deito-me em seu sonho
Aprecio vazia o todo que me reinicia
Hoje, girasol
Ontem margarida
domingo, 10 de janeiro de 2010
Carinho maior, quando te achei
Plácido, atento
Refinado trato ao me abordar
Sorrí na alma, áspera e clara
Como se naquele instante
Minha vida chegara
Iluminando minha aurea
Clareando meu semblante
Quantos anos te esperei
Sem saber que existia
Fui me apaixonando
Aos quatro ventos
Veroz como correnteza
Descendo rio abaixo
Nunca houve uma fronteira
Senão essa que nos une e
Maltrata meu querer
Madura confesso
Já sentí mais por tí
Não contive a angustia
Dela nada se fez antídoto
O que nos uníu
Oposto de sonhos e musicas
Desafina quando o desafio é seu
Devoto fiel
Dos temores dos mortais
Desgarrada me ví
Dígna então de prazer
Madona perfeita
Estreita travessia
Sempre a me aventurar
Vida que me clama e me
Inebria....estava lá
Quase só ....sem verde ,verdade
Fantasia
Como pôde o silêncio ser assim
Tão presente
Como hoje, pós tanto sofrer venho
Arriscar pelo ausente
Pelo aparente ,frio
Lente que aumenta minha dor
Míope meus olhos não diferenciam
Alegria de amor
Alforria meu sensível desejo
Que sem medo nem tremor
Veio são, salvo, sertanejo
Por um momento sequer
Pedir-te um beijo
Apenas isso, um beijo
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
CARAMELO
dia me acorda , armadilha de luz
no nobre acorde
chegou primeiro e guardou aqui
Dentro do meu coração
a fonte rasa do meu rio
de janeiro à janeiro
nem oito nem oito centos
declama em versos o que de mim restou
Casamento perfeito
de jeito nenhum pode existir
porque o sonho sonha baixo
A poesia fala alto !
amor , poesia, lágrima, alforria
desprezo punhal
cruz espada a me marcar ainda
mais que a dor pode suportar
Mais um ano, menos um plano
planta morta a servir de adubo
sempre verde
faz crescer um clamor maduro
Matura em mim, amargo
desencarnado
Vai ter com a noite, dia!!
desbota nela seus sonhos
faz-se úmida
emudece
Renasce feliz , canta a segunda parte
de nossa letra provinciana
descrita por nós
evidente e ausente
a nos ausentar de NÓS