De onde rosado
meu corpo ensaboa
Azulejo
Quando meus olhos
Temem perder seu céu
Azulejo
Branda pálida terna
Nossas vozes se encontram
Azulejo
Aurora ancestral
Acorda meu amor!
Azulejo
Vejo azul mesmo que verde
Saia bordada, danço para ter-te
Peito cravado na faca afiada
Calhou -me certinho a dor que te sentí
Concertos de estragos
Extravio de nós
Papéis engavetados de frases compostas
Antes que a árvore grite seu tombo
E que mais uma vez
Fique o amor para tráz
Nem meu tu eras
Tampouco eu era minha
Trilhei esporas caipira de outrora