quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Lacunas
Entrelaço
Vago validando o desfecho
Desenfreado do prazer
Abrupto
Segue a flecha
Lâmina tênue
Entre a dor fina
Do amor
Lacuna noturna
Contundente
Sorte do passado
Não sabia que hoje
Ausente
Paradígma inabdicável
Paradoxo pertinente
Para o bem de quem
Pedindo bênçãos
Amem
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Eu me entendo
Destrincho as frases evasivas
Nada na medida
Não quero o que mais
Pode me parece certo
De perto o erro parece incesto
Importuna os impuros
Escafandros de prazer
Até porque
É segunda , e de novo
Não sei o que fazer
Em meu quarto
Lua cheia
Cinza prata longe, lá no alto
Sorte vê-lo por acaso
Diacho, não sei
Porque nunca te acho!
Sono não tenho
Calor que me despe,diverte
Coração bate frio
Amor pra que aquece
Salto ao teu som
Longe ainda ouço
Perigo te achar
Será triste o calabouço
Cinzeiro de gente
Acabou a folia
Quimera em retalhos
Cinzas cintas alegorias
Fantasma de poder
Fantoches a dançar
Fábrica de amor igual
Fantasio o que desejo
Pobre de mim é Carnaval
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Cinzas
Tudo que de mim sopra
Em tí permanece
Amarelo céu a me queimar
Nele ainda te quero
Se soubesse que um dia
Nas pedras da minha rua
Contava reticente sua espera
Folhas que caíam
Espalhavam seu sol maior
Em meu canto
Alegria
Praça cheia colorida
Quero entrar nesse clamor
Canta encanto poesia
Sai da sombra e vem pra mim
Resta um dia
Um meio
Respira
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Meu carnaval
Na minha fantasia
Faz no corte da avenida
Alma colorida a me desmascarar
Marcho seu enredo
Passado feito fome
Nas bancas de um jogo
Que só ganha quem tem hoje
Suor que lava o chão
Desfila meu irmão
Que eu vou te acompanhar
Reflexo da bruma ao caos
Vida assídua
Correntes colares anéis união
Escarlate pé no chão
Pele negra sangue branco
Disforme o coro, acalanto
Carne corôa credo carnaval
Salve suor sangue Senegal
Musica marcha mancha moral
Festa feitiço fastio feudal
Sensura hoje não
Artéria convencional
Sublima o amor que puro
Desfila enredo no Meu Carnaval
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Sempre que venho...
Já não é mais carnaval
Princípio é dentro de mim
Traz ramalhete na linguagem musical
Enigmático esse olhar...
Raiz de linhagem em tí
À me permitir
Nitidamente
Só não quero que me faças mal
Rusga de paixão desmedida
Cancela tudo que ha
Cancela à se fechar
Talvez não possa seguir
Salva ,porem, estou
Quem sente a dor
Talvez venha incomodar
Ir ao seu encontro
Avatar
Alarme no elevador
Não importa se...talvez
Temo a angústia do prazer
Pena capital a me torturar
Verde folha lembra esperança
Ver-te nunca mais?
Alheio sinto à minha busca
Prefácio legítimo
Em encadernação perfeita
Num romance que arde recluso
Confunde meu caminhar
Penso no que poderia ser
Azeite pura oliva
Escorrendo nas veias à me temperar
Peixe pacú pintado
Serrado
Seria errado expectar?
Roça poeira estrada
Leite da mulher amada
Inevitável consentir esse amor
Dos que pude
É o de mais valía
Saber sentir calada
Também é ser amada .